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Cota PCD: Entendendo seu Funcionamento e Desafios de Implementação
No passado, as empresas enfrentaram considerável resistência à ideia de
contratar pessoas com deficiência (PCD) para seus quadros de funcionários.
Preconceitos e concepções equivocadas frequentemente limitaram as oportunidades
para as PCDs no ambiente corporativo. A Lei de Cotas, estabelecida em 1991,
buscou transformar essa realidade e trouxe avanços significativos desde então.
No entanto, apesar dos progressos, ainda existe um percurso considerável a ser
percorrido, já que a legislação poderia gerar mais de 400.000 empregos se fosse
devidamente aplicada por todas as empresas. Neste artigo, exploraremos o
conceito de Cota PCD, seu funcionamento, os desafios de implementação e a
importância da inclusão.
O que é PCD?
PCD é a sigla que representa 'pessoa com deficiência'. Ela
abrange indivíduos que possuem uma deficiência permanente, não incluindo
situações temporárias como uma lesão temporária. No Brasil, cerca de 17 milhões
de pessoas vivem com deficiências, muitas das quais ainda enfrentam barreiras no
acesso ao mercado de trabalho. A Lei de Cotas, Lei 8213/91, foi instituída para
garantir a inclusão e combater a discriminação contra as PCDs no ambiente
profissional.
Funcionamento da Cota PCD nas empresas
A Lei de Cotas exige que empresas de grande porte tenham um número
mínimo de colaboradores PCD em suas equipes, com aplicação obrigatória para
organizações com 100 ou mais funcionários. No entanto, poucas empresas aderem
efetivamente a essa legislação, e algumas recorrem a práticas que não promovem
a real inclusão. Isso inclui a contratação de PCDs com deficiências menos
complexas, visando a menor adaptação no ambiente de trabalho, ou o cumprimento
da cota apenas de forma superficial, sem oferecer efetivas oportunidades de
desenvolvimento.
Desafios na Implementaçao
Um problema recorrente é a contratação de PCDs sem que eles desempenhem
funções efetivas no trabalho, utilizando-os apenas para cumprir as cotas em
períodos de fiscalização. Esse cenário destaca a necessidade de as empresas
encararem a contratação de PCDs como uma oportunidade para construir um
ambiente diverso, e não apenas como uma obrigação legal. As estatísticas
mostram que muitas PCDs enfrentam desemprego devido à falta de oportunidades e
ao preconceito, evidenciando a falta de preparo das empresas para recebê-las e
integrá-las.
Cálculo da Cota PCD
O cálculo da cota PCD é relativamente simples e se baseia em
porcentagens do quadro de funcionários da empresa:
Valores fracionados são arredondados para cima. O cálculo considera
todos os trabalhadores da organização, incluindo matriz e filiais.
Quem se Enquadra na Cota PcD?
A Lei de Cotas inclui pessoas com deficiências físicas, auditivas,
visuais, intelectuais/mentais, múltiplas e mobilidade reduzida. Cada uma dessas
categorias abrange diversas condições e limitações que afetam as atividades
autônomas da pessoa.
Garantias no Trabalho
As PCDs têm os mesmos direitos e garantias de qualquer outro
trabalhador, de acordo com a CLT. Além disso, a empresa deve fornecer
adaptações necessárias para o local de trabalho, como modificações físicas e
comportamentais. Tecnologias assistivas também são consideradas investimentos e
devem ser providenciadas pela empresa.
Consequências do Não Cumprimento
Empresas que não cumprem a lei estão sujeitas a multas, cujos valores
variam de acordo com a infração e podem ser significativos. As multas podem
ultrapassar R$200.000 por vaga não preenchida.
Conclusão
O cumprimento da Lei de Cotas é importante, mas não é suficiente para
promover uma inclusão real e significativa das PCDs no mercado de trabalho. A
chave para verdadeiramente incluir essas pessoas reside em oferecer apoio,
respeito e oportunidades de desenvolvimento, garantindo que suas necessidades
sejam atendidas e que elas possam contribuir plenamente para o ambiente profissional.
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